Tire dúvidas sobre a queda de cabelo no tratamento do câncer
Mesmo que seja um efeito muito associado ao tratamento, nem todas as pessoas passam por isso
A queda de cabelo é uma possível reação adversa a alguns procedimentos do tratamento do câncer. Veja as respostas de algumas das dúvidas mais frequentes sobre essa reação durante o tratamento.
Todo o cabelo cai no tratamento do câncer?
Nem sempre. A alopecia induzida, nome dado a queda de cabelo nesse período, pode ser total ou parcial. Geralmente, os primeiros fios começam a cair em alguns dias ou semanas após as primeiras sessões do tratamento. Os cabelos não são os únicos afetados, podendo ocorrer a queda de pelos de diferentes áreas do corpo, como sobrancelhas, braços e regiões pubianas.2,3
A queda de cabelo durante o tratamento depende de alguns fatores, como o tipo de terapia necessária, as doses de medicamentos usadas em algumas dessas terapias e características físicas da pessoa, como tendência genética a perda de cabelo e questões de saúde.2-4 Entre os tratamentos do câncer que podem levar a essa reação adversa estão:3
- Quimioterapia com algumas classes de medicamentos específicos, como inibidores de topoismerase, antimetabólitos e agentes anti-microtóbulos;
- Radioterapia;
- Terapia alvo.
Existe alguma forma de prevenir a queda de cabelo nesse período?
Existem terapias que buscam desacelerar a queda de cabelo no tratamento do câncer. A principal delas é o resfriamento capilar, técnica envolve o uso de uma touca térmica que diminui a temperatura do couro cabeludo e afeta a circulação de sangue na região, impedindo que as substâncias presentes nos medicamentos cheguem até os cabelos.1
Ainda é permitido fazer procedimentos estéticos para o cabelo no tratamento do câncer?
Durante esse período, o recomendado é evitar qualquer procedimento estético que possa machucar de alguma forma o couro cabeludo. O tratamento do câncer deixa a região mais sensível, sendo ideal evitar coisas como:2
- Usar o secador de cabelo em temperaturas altas;
- Descolorir ou usar tintura no cabelo;
- Tomar cuidado ao usar chapinha de alisar ou babyliss;
- Evitar procedimentos que utilizem químicas muito fortes, como escova progressiva.
O que acontece com o cabelo após o tratamento do câncer?
A queda de cabelo é temporária. Os fios voltam a crescer naturalmente entre três e seis meses após o término das sessões de tratamento. Em alguns casos, o cabelo pode ter uma textura ou até mesmo cor diferente, mas isso não é permanente, voltando ao estado natural após algum tempo.1-,3
A perda de cabelo ainda representa uma carga psicológica muito significativa para pacientes com câncer. Espera-se que qualquer intervenção que possa reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia leve a melhorias na qualidade de vida dos pacientes. Pesquisas demonstram que o resfriamento do couro cabeludo é atualmente a única opção segura e eficaz disponível para a redução e até prevenção da queda de cabelo nesse período1. Converse com o seu médico a respeito da possibilidade de realizar essa ou outra terapia conhecida e segura, caso seja de seu interesse.1
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Referências:
1. Dunnill CJ, Al-Tameemi W, Collett A, Haslam IS. A Clinical and Biological Guide for Understanding Chemotherapy-Induced Alopecia and Its Prevention. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/320063000_A_Clinical_and_Biological_Guide_for_Understanding_Chemotherapy-Induced_Alopecia_and_Its_Prevention. Acesso em: novembro/2019.
2 – Moore CD. Hair Loss Due to Cancer Treatment. Disponível em: https://www.pharmacytimes.com/publications/issue/2015/september2015/hair-loss-due-to-cancer-treatment. Acesso em: novembro/2019.
3 – Rossi A, Fortuna MC, Caro G, Pranteda G, Garelli V, Pompili U, Carlesimo M. Chemotherapy-induced alopecia management: clinical experience and practical advice. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5540831/. Acesso em: novembro/2019 .
4 – Bodó E, Tobin DJ, Kamenisch Y, Bíró T, Berneburg M, Funk W, Paus R. Dissecting the Impact of Chemotherapy on the Human Hair Follicle. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1988866/. Acesso em: novembro/2019
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