Alimentação em Tempos de COVID-19
Coronavírus não tem (ainda) remédio que o combata nem vacina que o previna. O único remédio é nossa própria capacidade de enfrentar o vírus. O exército é o nosso sistema imunológico, que tem que ser fortalecido com alimentação saudável e equilibrada, sono reparador, atividade física e cabeça boa. E, claro, ficar em casa, evitar aglomeração e usar máscaras.
Coronavírus não tem (ainda) remédio que o combata nem vacina que o previna. O único remédio é nossa própria capacidade de enfrentar o vírus. O exército é o nosso sistema imunológico, que tem que ser fortalecido com alimentação saudável e equilibrada, sono reparador, atividade física e cabeça boa. E, claro, ficar em casa, evitar aglomeração e usar máscaras.
Quem faz tratamento de câncer tem naturalmente um sistema imunológico mais debilitado, e isto se deve à agressividade inata da doença e em grande parte, ao efeito dos quimioterápicos. Num paciente oncológico, o sistema imune sofre duplamente: primeiro, ele sai perdendo porque não consegue combater as células cancerosas, que possuem mecanismos, verdadeiras camuflagens, que burlam as defesas do organismo; segundo, porque os tratamentos, em geral, atacam as células, destruindo tanto as células cancerígenas quanto as imunológicas, o que enfraquece ainda mais a saúde do paciente.
Diante disto, o cuidado com alimentação correta e complementação nutricional do paciente oncológico precisa ser redobrado, com foco e ênfase na restauração e fortalecimento do sistema imune. Quando se tem uma doença instalada no organismo, há um gasto energético aumentado e uma maior perda de peso e de micronutrientes.
Tratamento oncológico submete o paciente a situações de estresse emocional e depressão, acarretando menor ingestão alimentar e, consequentemente, maior deficiência de micronutrientes, como cálcio, ferro, magnésio, vitaminas do complexo B, vitamina D e perda de peso. Consequentemente, menor resposta ao tratamento oncológico.
Efeitos colaterais de quimioterápicos interferem diretamente na alimentação e no equilíbrio nutricional do paciente. Ingestão inadequada está relacionada também ao aumento da toxicidade dos quimioterápicos e menos controle dos efeitos colaterais.
Exemplos: mucosite (inflamação da mucosa do trato gastrointestinal, a começar da boca), náuseas, rejeição a texturas, sabores e odores, mudança no paladar (disgeusia), dificuldade para engolir (odinofagia), diarreia e constipação.
Para tratar estes desequilíbrios nutricionais, existem fórmulas alimentares que minimizam a desnutrição, aumentam o aporte calórico e proteico, favorecem o ganho de peso e melhoram a saúde em geral.
De eficácia comprovada, estas fórmulas nutricionais fornecem melhores quantidades de proteínas, calorias e micronutrientes. Eles são utilizados como forma de terapia nutricional como complemento ou até mesmo como alimentação exclusiva.
São de fácil aquisição, sendo encontrados em farmácias e lojas online, em forma de shakes prontos para consumo e também em pó com e sem sabor. Geralmente, atendem diferentes indicações, como ganho de peso, imunomodulação, controle glicêmico etc.
Para pacientes oncológicos em geral, e em particular àqueles submetidos a tratamentos mais agressivos, são indicadas fórmulas alimentares que têm por finalidade minimizar os efeitos colaterais dos quimioterápicos e dar suporte nutricional aos pacientes.
Estes complementos nutricionais podem conter maior quantidade de ingredientes próprios para cada indicação, como maior quantidade de cálcio, vitamina D e proteínas para o público mais idoso; e arginina, nucleotídeos e ácidos graxos w-3, destinados ao preparo imunológico, por exemplo. Em geral, para o paciente oncológico a fórmula alimentar deve conter maior aporte proteico.
Existe a opção de fórmulas com altas combinadas quantidades de proteína. Estas combinações são uma forma de garantir, além de bom nível proteico, níveis eficientes de calorias, gorduras e micronutrientes sem que a pessoa precise ingerir grande quantidade de comida.
Lembrando que comemos não para encher a barriga mas para nutrir as células, para reforçar o sistema imunológico, é bom consumir crucíferas (couve de Bruxelas, repolho, couve flor e brócolis), chá verde, cúrcuma, castanhas, fibras e gorduras boas (abacate e óleo e coco). Estes alimentos contêm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
A orientação nutricional é importante para todas as pessoas, principalmente para pacientes oncológicos. Converse com seu profissional de saúde.
Corpo e mente
A atividade física é importante para uma boa saúde mental. Manter o corpo em movimento ajuda a evitar quadros de depressão e ansiedade.
Os exercícios mais recomendados são os de fortalecimento muscular, aeróbicos e respiratórios. Eles devem ser feitos com a orientação de especialistas.
Segurança alimentar
Alimentos são ambientes ideais para a proliferação de microorganismos. Bactérias, por exemplo, gostam de lugares úmidos e ricos em proteína; já fungos se multiplicam nos alimentos secos que contenham grande quantidade de açúcar. O caso dos vírus é particular: eles só crescem quando já estão dentro da célula do organismo do homem, através da ingestão da água, leite ou alimentos contaminados pela manipulação.
À exceção das bactérias boas, os microorganismos chamados patogênicos podem provocar infecções, intoxicações e hipersensibilidade. A contaminação dos alimentos pode se dar por má escolha de produtos, má técnica de preparo, má conservação e falta de cuidados na prevenção microbiológica.
“Falta de higiene no preparo da alimentação ocasiona: mal-estar, indisposição, doenças e até mesmo a morte”. (Dr. Eneo Alves da Silva, biomédico e microbiologista)
Os manuais de controle higiênico e sanitário recomendam:
- Higienizar as embalagens antes de guardar.
- Evitar contaminação cruzada entre alimentos. Por exemplo: não cortar com a mesma faca carne e verduras e separar os tipos de alimentos nas prateleiras.
- Evitar estoque de grande quantidade de alimentos, tanto secos quanto úmidos, para não haver acúmulo de sujeira e perda no controle sobre quantidades e de data de validade.
- Reforçar os cuidados de higiene no preparo das refeições: limpar a bancada, lavar as mãos, usar unhas curtas, manter ambiente limpo e não deixar lixo acumular.
- Realizar desinfecção correta de frutas, legumes e verduras com 2 colheres de sopa de água oxigenada + 2 colheres de sopa de vinagre de álcool + 1 litro de água. Deixar de molho por 15 minutos e retirar o excesso do produto com água corrente.
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Referências bibliográficas
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