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Outubro Rosa: mitos e verdades sobre o autoexame das mamas

Outubro Rosa é o momento perfeito para falarmos sobre algo essencial: a saúde das nossas mamas.

Outubro Rosa: mitos e verdades sobre o autoexame das mamas

Você sabia que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma?

Pois é, estamos falando de aproximadamente 28% de todos os novos casos de câncer em mulheres!

Só em 2024, estima-se que mais de 73 mil mulheres no Brasil receberão esse diagnóstico.

Mas calma, respira!

A boa notícia é que a maioria dos casos tem bom prognóstico, especialmente se forem detectados cedo.

E se engana quem pensa que essa é uma conversa só para mulheres! Embora raro, os homens também podem desenvolver câncer de mama, representando cerca de 1% dos casos.

Manter hábitos de vida saudáveis pode fazer uma diferença enorme – o Ministério da Saúde destaca que até 17% dos casos podem ser evitados com escolhas mais equilibradas.

E o que entra nessa rotina de autocuidado? O autoexame das mamas!

Que tal aproveitar a oportunidade para conhecer mais sobre o seu corpo?

Vem com a gente para saber mais!

Outubro Rosa: uma campanha para todas

A campanha de conscientização para o controle do câncer de mama é um chamado para todas as mulheres se conectarem com o que tem de mais precioso: a própria saúde.

Desde os anos 2000, esse movimento vem crescendo no Brasil e não é à toa!

Pacientes, profissionais de saúde, empresas e organizações de todos os cantos se unem para espalhar a mensagem sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Juntos, estamos fortalecendo uma rede de conscientização que empodera mulheres a cuidarem de si mesmas e a ficarem de olho nos sinais do corpo.

Mas aqui vai uma verdade: a detecção precoce ainda é um desafio.

Em 2024, a campanha do Ministério da Saúde é "Mulher: seu corpo, sua vida". A ideia é que a prevenção e o cuidado com a saúde não fiquem restritos apenas ao mês de outubro.

Afinal, conhecer nosso corpo é a chave para identificar quando algo não está certo e buscar ajuda o mais rápido possível.

O que você precisa saber sobre o autoexame das mamas

Quando foi a última vez que você parou para se conhecer melhor?

O autoexame, mesmo não sendo o método perfeito para detectar o câncer de mama, é um grande aliado no conhecimento do próprio corpo.

Ele é simples, prático e não custa nada, além de ser uma das formas mais acessíveis para que a mulher identifique alterações nas mamas.

Mas vale lembrar: o autoexame é apenas um primeiro passo e não substitui os exames clínicos e a mamografia.

A técnica envolve observar, apalpar e perceber se algo diferente está acontecendo. Mesmo não sendo capaz de detectar pequenos tumores – especialmente aqueles menores de 1 centímetro – o autoexame pode fazer a diferença, principalmente em regiões onde o acesso aos serviços de saúde é limitado.

Países de média e baixa renda, onde nem todas as mulheres têm fácil acesso à mamografia, consideram o autoexame um método relevante: ele ajuda a perceber alterações e incentiva a busca por acompanhamento médico.

Mas aqui vai uma dica de ouro: não deixe de consultar um médico regularmente. Só o autoexame não basta!

Mesmo sem perceber sintomas, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres a partir dos 40 anos façam o exame clínico das mamas anualmente, e aquelas entre 50 e 69 anos devem fazer a mamografia a cada dois anos.

Afinal, quanto mais cedo o câncer é detectado, maiores são as chances de tratamento com sucesso – e o rastreamento mamográfico é uma das principais armas nessa batalha.

Quem está no grupo de alto risco – com histórico de câncer de mama na família, especialmente antes dos 50 anos – é importante seguir um acompanhamento mais próximo com o seu médico.

Mitos e verdades

1. O autoexame previne o câncer de mama
Mito. O autoexame não previne o câncer, mas pode ajudar a detectar alterações que precisam ser investigadas por um médico.

2. Qualquer mulher pode fazer o autoexame das mamas
Verdade. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem e devem realizar o autoexame para conhecer melhor o próprio corpo e identificar mudanças.

3. Se eu fizer o autoexame e não sentir nada, não preciso de outros exames
Mito. O autoexame é importante, mas não substitui exames como a mamografia ou o exame clínico. Mesmo sem sentir alterações, é essencial realizar consultas médicas periodicamente.

4. O autoexame das mamas pode ser feito a qualquer momento
Verdade. O Ministério da Saúde recomenda que o autoexame seja feito quando a mulher se sentir confortável, sem regras rígidas sobre quando ou como realizar.

5. O autoexame detecta tumores pequenos, menores que 1 centímetro
Mito. O autoexame não consegue identificar tumores muito pequenos. Por isso, exames de imagem como a mamografia são fundamentais para a detecção precoce.

6. O autoexame pode ajudar a salvar vida
Verdade. Embora não seja um método infalível, ele pode ser o primeiro sinal de que algo não está certo e ajudar a mulher a buscar atendimento médico rapidamente.

7. O autoexame das mamas é desnecessário em mulheres jovens
Mito. Apesar de o câncer de mama ser mais comum em mulheres acima dos 50 anos, o autoexame é importante em todas as idades para que a mulher conheça bem seu corpo.

8. O autoexame é ainda mais relevante em regiões onde o acesso à mamografia é limitado
Verdade. Em países de média e baixa renda, o autoexame pode ser uma ferramenta decisiva, já que nem todas as mulheres têm fácil acesso a exames de imagem.

9. Fazer o autoexame das mamas pode causar ansiedade desnecessária
Mito. O autoexame é uma forma de autoconhecimento e não precisa ser motivo de preocupação. O importante é fazê-lo com tranquilidade e, ao notar algo diferente, procurar orientação médica.

10. O autoexame é suficiente para garantir que você está livre do câncer de mama
Mito. O autoexame é apenas uma parte da prevenção. Consultas regulares e exames recomendados são fundamentais para o rastreamento.

O cuidado com o seu corpo deve ser uma prioridade, e o autoexame é um lembrete gentil de que, com um simples toque, você pode dar o primeiro passo na prevenção e na percepção de possíveis mudanças.

Cuide-se bem!

 

Fontes:

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- Batista, G. V. .; Moreira, J. A. .; Leite, A. L. .; Moreira, C. I. H. . Breast cancer: risk factors and prevention methods. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 12, p. e15191211077, 2020.
- CASTRO, F. A. de; VASCONCELOS, F. L. Impacto do autoexame das mamas no diagnóstico de câncer de mama em países de média e baixa renda: uma revisão de literatura/ Impact of breast self-examination on breast cancer diagnosis in medium and low income countries: a literature review. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 2973–2996, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n1-238.
- Coppo, C. (2021). Conhecimentos de mulheres sobre o câncer de mama e autoexame: revisão bibliográfica. Revista Terra & Cultura: Cadernos De Ensino E Pesquisa, 37(73), 80-90.
- Facina T. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rev Bras Cancerol 2016; 62:59-60.
- INCA. Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer de Mama. Instituto Nacional de Câncer, 2022.
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- Monteiro, A. P. de S., Arraes, E. P. P., Pontes, L. de B., Campos, M. do S. dos S., Ribeiro, R. T., & Gonçalves, R. E. B.. (2003). Auto-exame das mamas: freqüência do conhecimento, prática e fatores associados. Revista Brasileira De Ginecologia E Obstetrícia, 25(3), 201–205.
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